domingo, 18 de agosto de 2019

A

A que ponto chegamos.

Como você é engraçado.
Num dia, me vê quieta
sem dançar, sem conversar
com ninguém e passa até por mim,
só para me provocar.

Depois de tempo,
ao me encontrar dançando
fica a enrolar no bar,
 fica nas mesas próximas a minha.

Vire e mexe disfarça e olha,
e eu também, até que vai 
lá fora com  amigo "guarda-costas"
e para variar , moças a caçá-los.

Mesmo assim, fica lá
por pouco tempo,
retorna a seu lugar,
perto de mim.

Até me tirarem para dançar,
e você faz o mesmo.
Fico a dançar sozinha, 
então decide somente
conversar e tomar cerveja com ela.

Vem outro me tirar 
e conversar comigo.
Aceito.
E vai você e faz o mesmo.
Paro, e você também.

Numa certa hora,
enquanto conversava,
ficou a me encarar, 
que ao perceber,
encarei-o.

Percebeu o que fiz,
disfarçou, mas deu um tempo
foi ao bar e pegou sua água.
Pensei comigo mesma...
"É agora que eu o pego!"

Foi-se
Pedi desculpas ao outro, 
e também fui.
Você percebe 
que estou atrás,
mas diminui os passos lentamente.

Vai diminuindo mais ainda,
até que já gritando vem me questionar
o pôrque de persegui-lo.

Só que dessa vez, quem gritou foi eu
lhe apontando o dedo e dizendo:
"-Um dia você disse que eu não
parava de encara-lo.
Agora, quem não para é você, por quê?"

Para variar, ficou bravo , 
mas mais ainda ao ver que 
procurei terminar aquela discussão boba
ali, chamando o tio,
falando que precisava falar com ele.

Saiu correndo, achando
que fosse atrás dele.
No entanto, fiquei lá
 conversando com o tio.

Tenho certeza de que foi embora,
esperando-me ir atrás,
mas como havia lhe dito
não sou como as outras,
eu sou mais eu!

Autora: Valéria Galvão

Nenhum comentário:

Postar um comentário