A que ponto chegamos.
Como você é engraçado.
Num dia, me vê quieta
sem dançar, sem conversar
com ninguém e passa até por mim,
só para me provocar.
Depois de tempo,
ao me encontrar dançando
fica a enrolar no bar,
fica nas mesas próximas a minha.
Vire e mexe disfarça e olha,
e eu também, até que vai
lá fora com amigo "guarda-costas"
e para variar , moças a caçá-los.
Mesmo assim, fica lá
por pouco tempo,
retorna a seu lugar,
perto de mim.
Até me tirarem para dançar,
e você faz o mesmo.
Fico a dançar sozinha,
então decide somente
conversar e tomar cerveja com ela.
Vem outro me tirar
e conversar comigo.
Aceito.
E vai você e faz o mesmo.
Paro, e você também.
Numa certa hora,
enquanto conversava,
ficou a me encarar,
que ao perceber,
encarei-o.
Percebeu o que fiz,
disfarçou, mas deu um tempo
foi ao bar e pegou sua água.
Pensei comigo mesma...
"É agora que eu o pego!"
Foi-se
Pedi desculpas ao outro,
e também fui.
Você percebe
que estou atrás,
mas diminui os passos lentamente.
Vai diminuindo mais ainda,
até que já gritando vem me questionar
o pôrque de persegui-lo.
Só que dessa vez, quem gritou foi eu
lhe apontando o dedo e dizendo:
"-Um dia você disse que eu não
parava de encara-lo.
Agora, quem não para é você, por quê?"
Para variar, ficou bravo ,
mas mais ainda ao ver que
procurei terminar aquela discussão boba
ali, chamando o tio,
falando que precisava falar com ele.
Saiu correndo, achando
que fosse atrás dele.
No entanto, fiquei lá
conversando com o tio.
Tenho certeza de que foi embora,
esperando-me ir atrás,
mas como havia lhe dito
não sou como as outras,
eu sou mais eu!
Autora: Valéria Galvão
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