sábado, 8 de fevereiro de 2020

Morrer lentamente

Morre lentamente
quem não troca ideias
evita as próprias 
contradições.

Morre lentamente
que vira escravo do hábito,
repetindo todos os dias o mesmo trajeto,
e as mesmas compraras no supermercado.

Quem não troca de marcas, 
não se arrisca.
Vestir uma cor nova,
não dá papo para quem não conhece.

Morre lentamente
quem faz da TV
o seu Guru,
e seu parceiro diário.

Como pode 29' Polegadas
ocupar 'tanto' espaço
em uma vida
somente assistida.

Morre lentamente
quem evita uma paixão
que prefere o 
preto  no branco,
o pingo nos is
à um turbilhões de emoções indomináveis.

Justamente as que resgatam
o brilho nos olhos,
sorrisos, soluços, um coração
aos tropeços cheio de sentimentos.

Morre lentamente
quem não vira à mesa,
quando está infeliz no trabalho,
quem não arrisca o certo
pelo incerto atrás de um solho,
 quem não se permite
uma vez na vida
fugir de conselhos sensatos.

Morre lentamente
quem não viaja, não lê.
quem não ouve música, 
quem não acha graça de si mesma.

Morre lentamente
quem destrói seu amor próprio,
quem não se deixa
ajudar.

Morre lentamente
quem passa os dias 
queixando da vida,
da má sorte.

Ou mesmo, da chuva incessante,
desistindo
de um projeto
antes de iniciá-lo.

Não perguntando sobre um assunto
que desconhece, 
e não respondendo
quando lhe indagam.

O que se sabe é que
evitamos A MORTE 
em suaves prestações
lembrando sempre
que estar vido
exige um esforço bem maior
do que simplesmente 
RESPIRAR.

Autor: Tio Bigode





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